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Tattooterapia

  • Mochileiro Produções
  • 3 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

A tatuagem foi ganhando novos espaços com o tempo, tendo seus propósitos reinventados. Já conhecemos a tatuagem como arte, estilo e forma de expressão, mas algo que ainda é pouco falado é a tatuagem como terapia. Você já ouviu falar nisso? O uso da tatuagem de forma terapêutica já é um conceito antigo e já conhecido por muitos, ultimamente, uma nova vertente da tatuagem vem ganhando destaque em algumas manchetes e matérias na TV e internet, a tatuagem como terapia pós-câncer de mama.


Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. A taxa de mortalidade causada por este tipo de câncer é muito elevada, e se deve ao fato de muitos casos serem diagnosticados quando a doença já está em um estágio avançado. A estimativa de novos casos em 2014 foi de 57.120, um número bastante assustador. Você deve estar se perguntando qual a relação entre a tatuagem e o câncer de mama? É simples.


Um dos tipos de tratamento para quem vive uma batalha contra o câncer se chama mastectomia. É um procedimento que consiste na remoção total ou parcial de um ou de ambos os seios. Este procedimento ganhou destaque na mídia há pouco tempo quando a atriz Angelina Jolie declarou tê-lo feito de forma preventiva. No caso dela, a pele e o mamilo foram poupados, o que permitiu intervenções estéticas que deixassem o procedimento imperceptível. Infelizmente nem todos os casos são assim, algumas mulheres ficam sem a mama, ou sem o mamilo, e pior, com cicatrizes.

Depois desse tipo de procedimento, muitas mulheres apresentam crises de auto estima, não aceitam seus corpos, pois acham que o tratamento retirou um parte de sua feminilidade, e é aí que entra a tatuagem. Para se sentirem melhores consigo mesmas, muitas mulheres recorrem aos estúdios de tatuagem, utilizando-a como forma de se sentirem mais bonitas, mais femininas e também de elevar a auto estima.


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O americano Noel Franus teve uma idéia genial para que as mulheres que passaram por esse tipo de tratamento sofressem menos, criou uma plataforma chama P.INK (Personal Ink), onde tatuadores de diversas regiões se reunissem e oferecessem este tipo de tatuagem para as mulheres que venceram o câncer.


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Este tipo de terapia não é exclusividade do exterior, o tatuador brasileiro Miro Dantas, ganhou notoriedade após aparecer em matérias, em revistas, sites, rádios e uma entrevista com o Dr. Dráuzio Varela, onde divulgou seu projeto, chamado “Uma tattoo por uma vida melhor”, onde ele oferece gratuitamente uma tatuagem que reconstrói o desenho da mama, utilizando o estilo realista.


Miro atendia mulheres que se encaixam neste mesmo perfil, mas de forma esporádica, um dia notou a importância e os benefícios que esta tatuagem trazia, daí surgiu a idéia do projeto, ele faz gratuitamente uma tatuagem por mês, em mulheres que não tem condição de pagar pelo procedimento, mas a tatuagem ainda é mais barata quando se comparada a outros meios de se chegar neste mesmo resultado.

Miro_Dantas.png

Assim, a tatuagem firma seu papel também desta forma, com caráter social e de bem estar.

 
 
 

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